sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Patch Adams, o Amor é Contagioso

Oi gente!!!
Sábado assisti pela centesima vez o filme Patch Adams, o Amor é Contagioso, e como sempre me emocionei muito.É um filme lindissimo onde a sensibilidade e o amor de Patch me faz acreditar que o mundo ainda tem jeito. Ainda existem pessoas de bom coração, que amam o que fazem, não só por dinheiro, mas, sim por amor.
Durante o filme o doutor Patch tenta recitar um poema para sua amada, mas sempre é interrompido por alguem. Somente após a morte da moça é que ele consegue.
Muito triste esta parte.
Posto aqui o poema na integra:


Poesia completa:

"A Dança" de Pablo Neruda

Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázio
Ou flechas de cravos que propagam o fogo:
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Senão assim deste modo que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Antes de amar-te, amor, nada era meu:
Vacilei pelas ruas e as coisas.
Nada contava nem tinha nome.
O mundo era do ar que esperava
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se dependiam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo.
Caído, abandonado, decaído,
Tudo era inalianavelmente alheio.
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.

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